sexta-feira, 16 de julho de 2010

Tenho que confessar que estava em um beco sem saída, sem motivação, sem inspirações, sem ideias, mas com a mesma vontade de sempre de pegar uma caneta e depositar em linhas tudo que a minha voz não reproduz, o que minha boca não consegue dizer.
Foi então que sentada no banco traseiro do carro, fitando a paisagem pela janela tocou uma música, que me fez pensar um milhão de coisas, rever atitudes, acho que por uns quinze minutos parecia, que eu havia morrido. Estava ali apenas em corpo, olhando fixamente pra o som auto motivo portátil, mas a minha alma vagava absorta em pensamentos, que se naquele exacto momento eu tivesse um caderno de incontáveis páginas, e uma caneta, com tinta o suficiente, para rabiscar todas, ainda sim, eu não conseguiria expressar tudo que eu queria dizer. Mas eu não estava sozinha, havia mais alguém do meu lado que com um simples toque, me trouxe de volta para a superfície do mar de vislumbres. Foi então que eu percebi que a música que rolava agora, não era mais a que tinha me feito afogar. Mais uma vez tentei colocar pra fora, tudo que estava querendo desabafar, mas bastou olhar para o lado e vê lo que o meu malcriado cérebro não obedeceu meus comandos.
Continuei ali, imóvel feito uma estátua, olhando, viajando, e me sentindo muda, em stand by, meio parecida com o som portátil, que acabara de ser desligado.

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