terça-feira, 6 de julho de 2010

Tudo tinha cores espetaculares e hipnotizadoras, aos olhos de quem quer que fosse, até a pessoa menos imperfeita, se deleitaria diante das imagens que passavam sem cessar, pessoas sorriam e se movimentavam constantemente, havia animais e jovens brincando como se fossem amigos de infância, havia casais, muitos casais, nenhum brigado, todos conversando, e se olhando tão apaixonadamente, que a km de distância era possível perceber o amor que os entrelaçava, as crianças davam um toque quase como que uma pincelada de doçura ao local, e deixava tudo tão cheio de ternura que até a pessoa mais insensível amoleceria dentro daquele lugar, eu não observava, eu era personagem também, e não estava só, ao meu lado havia uma pessoa passando os dedos suavemente nos contornos do meu rosto mas eu estava tão distraída que não queria tirar os olhos de tudo que via e absorvia tão maravilhada de início achei que estava morta, e tinha encontrado as portas do paraíso, mas eu não tinha nenhuma lembrança sequer de como havia morrido, foi então que os carinhos da pessoa ao meu lado se intensificavam, que eu fechei os olhos, e por 5 segundos esqueci como abri-los, mas eu queria abrir, queria poder me satisfazer de toda aquela beleza que eu estava presenciando, lembro de ter sentido calor, e percebi que estava envolta com os braços do meu companheiro, pessoas chegavam mais perto para conversar, e até nos contemplar, só que eu não conseguia ouvi-los, não conseguia ouvir nada, parecia que tudo não passava de um filme mudo, até que um suave toque pousou pelo meu pescoço e sussurrou três palavras quase em um tom melódico em meu ouvido, e eu não me lembro de ter escutado até então na minha vida, voz mais carinhosa: “Eu te amo.” Tentei me virar pra enxergar quem havia proferido tal declaração, mais de repente eu comecei a me afastar do maravilhoso lugar e todas as pessoas que ali habitavam, e brincavam em perfeita sintonia, numa tentativa frustrada tentei segurar a mão dele, inutilmente, ele já estava longe demais,e meus dedos não haviam chegado nem perto, e apesar de tão longe podia reconhecer o rosto dos meus amigos, e da minha família, ainda aproveitando do lugar, abri a boca na tentativa de gritar, mas não saia nada mais do que meros murmúrios.
Foi então que eu senti uma gota escorrendo pelo meu rosto, pensei que fosse chuva, mas o céu perfeito continuava limpo como da primeira vez que eu havia admirado, senti outra gota, e foi então que eu abri meus olhos, um mar de decepção escorreu entre lágrimas, e foi quando eu percebi que tudo não passava de um sonho, um mero, doce e rápido, porém perfeito sonho.

2 comentários:

Papiloka disse...

Ountin, super nenis *----*!
Adorei o conto, apesar do início ter sido meio confuso e a formatação não ter ajudado. Vc evoluio muito amis, lindo texto, sem mais.

Lari Carvalho disse...

Como consegue escrever tão bem? *-* Virei fã do seu blog :D