sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Eu até que tentei segurar as lágrimas, conter minha emoção, engolir o choro, mas a minha sensibilidade é algo incontrolável, por mais que minha face demonstrasse um certo sorriso forçado e um semblante conformado, por dentro eu chorava rios de lágrimas, ensandecida, quase desfalecendo... Eu passei um bom tempo criando esperanças falsas, desejando que tudo não estivesse se acabando como parecia, evitando um final infeliz para o meu conto de fadas, e na hora de abrir os olhos e encarar a realidade, foi muito mais difícil, pude entender o verdadeiro significado do ditado: "Quando maior o pulo, maior a queda" , era tão feliz com meus pensamentos que não tinha necessidade de ver o que realmente me esperava, e quando menos esperava tudo veio abaixo, fechei os olhos por 5 minutos, e tive uma espécie de dejavu, estava caindo, inconsciente, e chorosa de um penhasco abaixo, me assustei quando na minha "miragem" eu cai no chão, e bati com a cabeça, naquele momento, me lembro de ter implorado a Deus que tivesse perdido a memória pra não ter que lembrar do sentimento que habitava dentro de mim, mas ele não pôde o fazer, quando eu levantei e comecei a andar, percebi, que havia uma enorme rocha no meio do caminho, assimilei a rocha, como um obstáculo, mais um que a vida estava impondo a mim, pra me testar, pela primeira vez em algum tempo, não deixei que aquela barreira me desanimasse, precisava seguir em frente, e ultrapassar aquela rocha seria o meu recomeço, tentei de todas as maneiras possíveis, tira la dali, mas minha força não era o suficiente, em um momento de devaneio, me pus a gritar, a questionar, porque tudo era tão difícil pra mim, até que todas as minhas energias foram gastas, e eu adormeci recostada na rocha, só acordei quando ouvi um barulho muito forte vindo do outro lado, havia alguém que estava tentando me salvar, renovei minhas forças, e ajudei a pessoa que estava do outro lado até conseguir limpar a passagem, depois de tantos esforços, a rocha desceu por um desfiladeiro maior ainda que o penhasco em que eu havia caído, e o impacto me fez bater de frente com o meu herói, que imediatamente me deu um sorriso, e fez a luz do dia irradiar de novo o meu coração. Abri os olhos e percebi que havia parado de chorar, e agora estava sorrindo livremente, com alguém enxugando o meu rosto, por enquanto não haviam mais obstáculos, haviam dois sorrisos, haviam novas esperanças, sim novas, e não desgastadas como as outras, foi então que eu me permiti a recomeçar.

" A estrada para o amor verdadeiro, possui obstáculos."

3 comentários:

Papiloka disse...

Nossa, li rapidão, mas mesmo assim é bom ver o quanto sua escrita melhorou, e o que seus textos estão voltando a "normalidade". ;P

Danilo Britto disse...

Que lindo, muito sentimento.

Juliana Andrade disse...

perfeito . segue ?